Você sabe que catedral está construindo?

Autor: José Carlos Mattos - Publicado originalmente no LinkedIn

Conta uma história que há alguns séculos um viajante entrou em um pequeno povoado e viu uma fila imensa de homens e mulheres cabisbaixos, exaustos, carregando pedras.  Perplexo com o que assistia, ele começou a indagar às pessoas; “o que você está fazendo nessa fila”?   “Você não está vendo, eu estou carregando pedras” respondiam.  Intrigado ele continuou perguntando até que encontrou um homem que parecia animado, tinha a cabeça levantada, o passo firme e a resposta foi outra, “eu estou ajudando a construir uma catedral”, disse ele.

A moral é óbvia, todo administrador há de concordar que é certo que quando as pessoas sabem para o que estão se esforçando, encontram mais ânimo para cumprir a tarefa.

O problema é como, hoje em dia, manter a todos os colaboradores de uma empresa devidamente informados sobre a catedral que está em construção.  Em uma empresa moderna você encontra:

– empregados tradicionais (carteira assinada);

– terceirizados (pessoal de serviços gerais, segurança, serviços administrativos, etc.);

– consultores e autônomos;

– empregados de fornecedores que dão expediente nos escritórios da empresa em razão dos contratos de prestação de serviços;

– home office – empregados muitas vezes com carteira assinada, mas que pelas mais variadas razões trabalham de suas residências; e, para tornar o quadro mais complexo ainda:

– pessoas com algum destes cinco tipos de vínculo, mas operando em diversos locais, às vezes em diversas cidades, diferentes países, formando um mosaico de culturas, expectativas e cobranças.

Passar a todos estes tipos de pessoal uma mensagem clara e motivadora sobre a empresa é um desafio que provoca os mais competentes profissionais de comunicação.  Embora a mensagem deva ser a mesma para todos, a forma como ela chega a cada um deve levar em conta as caraterísticas de cada uma das situações, de forma que ao receber a pessoa se sinta prestigiada, seja receptiva à mensagem e provocada a reagir positivamente.

Confiar esta tarefa a pessoas sem experiência em comunicação, por mais cultas, bem preparadas e intencionadas que sejam, pode levar a que a visão, a missão e os objetivos da empresa se percam na rede de plataformas disponíveis para comunicação.  Se mal utilizados, e-mails, sites na intranet, Facebook, vídeos internos, eventos internos, eventos virtuais, campanhas, premiações, folhetos, SMSs e afins podem transformar os recursos humanos de uma companhia em uma imensa fila de gente a carregar pedras.

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